Vitamina D: carência em mulheres no período pós-menopausa pode causar Síndrome Metabólica
Uma pesquisa divulgada pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (FMB -Unesp) mostrou que existe uma forte associação entre a deficiência de vitamina D e a Síndrome Metabólica em mulheres na pós-menopausa. O estudo durou dois anos e foi feito com cerca de 460 mulheres, entre 45 e 75 anos, que se consultavam no Ambulatório de Climatério e Menopausa da FMB.
Antes de mostrar a pesquisa em detalhes, é preciso explicar o que é na verdade a Síndrome Metabólica. O termo se refere a um conjunto de fatores de risco que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Ela tem como base a resistência à ação da insulina, o que obriga o pâncreas a aumentar a produção do hormônio, elevando o seu nível no sangue. A alimentação inadequada, o excesso de peso, o sedentarismo e o histórico de casos na família são os principais fatores que contribuem para o seu aparecimento. Para determinar o diagnóstico, o paciente precisa apresentar três dos cinco critérios abaixo:
• Circunferência abdominal maior que 88 cm (em mulheres)
• Pressão arterial acima de 130 x 85 mmHg
• Glicemia de jejum maior que 100 mg/dl
• Triglicerídeos acima de 150 mg/dL
• Colesterol HDL abaixo de 50 mg/dL (em mulheres)
Na pesquisa feita pela FMB e publicada na revista Maturitas, cerca de 57,8% das mulheres que tinham carência (menor que 30 ng/mL) ou insuficiência (menor que 20 ng/mL) de vitamina D apresentaram SM, contra 39,8% das que apresentavam a doença, mas estavam com a taxa em condições normais. De acordo com o artigo, uma possível explicação seria a influência da vitamina D na secreção e sensibilidade da insulina. Em baixa quantidade, ela comprometeria a capacidade das células em converter o hormônio produzido pelo pâncreas. No entanto, os cientistas ressaltam que ainda são necessários estudos mais específicos para confirmar realmente se a relação é real.
Insuficiência da vitamina D no climatério
O climatério é a transição entre o período fértil e o não reprodutivo, culminando na menopausa. Entre as características desta fase, está a irregularidade dos ciclos menstruais e a diminuição dos níveis do estrogênio (hormônio sexual feminino).
Esta alteração hormonal pode ser bastante significativa para a saúde feminina, já que é capaz de prejudicar a produção natural da vitamina D, responsável por regular a absorção de fósforo e cálcio, minerais necessários para o crescimento saudável dos ossos. Sua carência pode provocar uma desmineralização óssea, aumentando o risco de osteoporose. Por conta disso, as mulheres são mais diagnosticadas com o problema, em comparação com homens da mesma faixa etária.
Como obter Vitamina D?
Ao contrário de outras vitaminas, o corpo humano produz cerca de 90% da vitamina D que necessitamos. Quando os raios solares UVB entram em contato com uma molécula precursora existente na pele, chamada 7-dihidrocolesterol (7-DHC), ela se transforma numa forma inativa da vitamina D, que será convertida em ativa no fígado e nos rins.
No entanto, sabemos que a exposição intensa ao sol aumenta o risco de diversos problemas, como o envelhecimento cutâneo e o câncer de pele. Por conta disso, o uso diário do protetor solar, principalmente em peles muito claras e sensíveis, é altamente recomendado, o que dificulta a ativação da substância.
Na alimentação, é possível encontrar opções que fornecem vitamina D, como peixes (salmão, atum e sardinha), óleo de fígado de bacalhau, gema do ovo, queijos, bife de fígado, ostras e cogumelos. Alguns alimentos podem ser enriquecidos com esta vitamina, como leite e iogurtes.
Como a alimentação nem sempre consegue fornecer a quantidade necessária que o organismo precisa, uma alternativa é a suplementação oral, indicada principalmente para idosos, pacientes que não podem entrar em contato com o sol ou aqueles com insuficiências renais ou hepáticas, que possui dificuldade de converter a vitamina D em sua forma ativa. É recomendada a ingestão somente sob prescrição médica.
Cuidados com a pele no Verão
Durante as estações quentes do ano, aumenta a atenção das pessoas com os perigos do sol para a saúde da pele. No verão, a exposição aos raios solares torna-se mais prolongada e mais frequente, seja por lazer ou mesmo atividades profissionais. E é essa exposição excessiva o principal fator de risco para o câncer de pele, o tipo de tumor mais frequente no Brasil.
O clima tropical, a grande quantidade de praias, a ideia de beleza associada ao bronzeamento, principalmente entre os jovens, e o trabalho ao ar livre (por exemplo, na construção civil e na lavoura) favorecem esse quadro. E, considerando-se que os danos provocados pelo abuso de exposição solar são cumulativos, é importante que cuidados especiais sejam tomados desde a primeira infância.
O uso do filtro solar é fundamental. É recomendado que durante a exposição ao sol sejam usados filtros com FPS 30 ou mais e que protejam também contra os raios UV-A. Os filtros solares devem ser aplicados 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicados a cada duas horas ou após nadar, suar e se secar com toalhas. Além disso, chapéus, bonés, óculos transformam-se em aliados fundamentais nesta época do ano.
O sol e envelhecimento precoce
Além do câncer de pele, outro problema causado pela exposição excessiva ao sol é o envelhecimento precoce da pele. O eritema solar, popularmente conhecido como queimadura de sol, é produzido após a superexposição à radiação ultravioleta (UV) e manifesta-se por meio de vermelhidão na pele, dores nas regiões afetadas e, em casos mais graves, apresentam bolhas e feridas.
Além do filtro solar, para complementar a proteção da pele contra os danos do sol, existe um extrato obtido a partir de uma variedade selecionada de azeitonas da Itália, chamado Opextan®. Comercializado pela Infinity Pharma® para desenvolvimento de formulações dermocosméticas personalizadas, Opextan® age na redução da sensibilidade da pele à radiação UV, reduzindo o fotoenvelhecimento.